domingo, 26 de julho de 2009

RP Digital: mais resultados ao ouvir, mensurar e atuar com seus consumidores

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Encontrei um relatório muito interessante que me parece convergir tudo o que tenho vivido e ouvido a respeito do New PR, ou seja, como fazer relações públicas de forma eficiente utilizando as ferramentas digitais. A Ogilvy & Mather lançou ano passado um website com livretos para cada uma de suas áreas de atuação e a relação destas com a crise e o universo digital. No texto do livreto The New PR – Leveraging Digital Influence to Drive Sales and Reputation estão ótimas informações sobre essa nova forma de ouvir seu consumidor.

Em primeiro lugar, há diversas leis que já estão mortas ou encontram-se no hospital nas últimas na UTI. O press-release é um desses casos. Isso não quer dizer que ele tenha perdido sua eficácia nos dias de hoje, mas como disse David Meerman Scott no livro The New Rules of Marketing and PR, praticamente 100% dos releases que ele recebe não geraram nenhuma pauta. Para Meerman seu arquivo de releases é o Google, moderadores de comunidades em redes sociais e blogueiros hard users, os primeiros a falar sobre as novidades, atualizações e mudanças de seus respectivos meios de atuação. Essa é a chave. Você precisa identificar quem são os influentes na sua aldeia de atuação. O editor da EXAME já não se torna tão relevante se comparado com um blogueiro que, por mês, atinge 3 vezes mais o número de leitores do que a revista. E são leitores qualificados no seu assunto. Se você vende 125 tipos de molhos para salada, é capaz de existir um blog sobre receitas prontas para solteiros, por exemplo. Lá é o lugar que a sua marca precisa estar, não em um banner pago, mas como ingrediente fundamental da receita com o maior número de downloads.

O conteúdo é feito por pessoas para pessoas. Entretanto, sempre haverá a pequena classe de influentes. E esses agora são aqueles com muitos seguidores no Twitter, moderadores de fóruns, blogueiros engajados etc. Pois eles são seus consumidores ativos, são eles que irão recomendar seu serviço. Claro que os canais clássicos ainda têm um grande peso, mas não se trata apenas de presença. Ganha quem tem influencia, conteúdo a oferecer para o consumidor e, logicamente um produto de qualidade. É uma questão de opinião, crítica e recomendação de usuário para usuário. Algo que a Ogilvy chama de boca-a-boca digital. E nem todas as bocas são iguais, cada uma deve ser trabalhada com estratégia específica.

Além de criar relacionamento com clusters específicos e fornecer a eles as informações em primeira mão, é importante possuir um trabalho bem feito de SEM para momentos de crise ou quando a sua marca está sendo a mais falada. Seja qual for o momento ambos são oportunidades para criar relacionamento. Aproveite sempre o impulso do seu consumidor e ofereça a ele algum tipo de conselho, surpresa ou informação que possa lhe ser relevante, ainda que daqui a seis meses. Quanto mais Valor você der a experiência proporcionada junto ao produto, melhores serão seus resultados.

O melhor é que no mundo digital não há mais espaço para marketing de meia tigela ou histórias mirabolantes. Você será rapidamente desmascarado caso queira parecer ser o que não é. Ouça o que estão falando sobre você, pergunte o que quer saber e mostre que você se importa com a opinião do seu consumidor antes que a concorrência chegue e conquiste-o primeiro. Gerar confiança, prover experiência e garantir credibilidade mesmo quando você errar vão fazer com que seus esforços sejam recompensados.